09/11/2010

Estar no querer

(03-08-06)
Presumir o silêncio,
E as janelas sem fim
Que não sei onde dão.
Pedras, restos do que foi
Esse casulo cheio de repartições que estou.
Sou cinema no espelho
Sou droga no poeta
Se drogar e se escrever
Não mudará esse teatro,
Um saguão me liberta
Após o banheiro me contaminar
Alguma lembrança inexiste
A hora que eu acordar.
Discutem o físico e o biológico, a biologia
E eu sou um estranho no ninho
Lá já não há futebol
O frio cancela o amor.
No andar que eu estou
Na fome que eu estou
Quero me banhar em gordura
Em banha de bacon frito
Quero dormir no banheiro
Vendo um filme Francês
Quero me estufar até vomitar
E me estufar outra vez
Quero conversar com 12 pessoas
Todas ao mesmo tempo
Se entendendo, se movendo também,
A fumaça e a musica
Se mesclando na luz da tevê e do abajur
Baixo, percussão
Cavaquinho e guitarra.
Um de nós vai se candidatar (ou pelo menos quer)
Outros vão estudar e outros só olhar
Alguém quer retroceder a tecnologia
Já sou cético suficiente que essa possibilidade seja real
Que sou crente no futuro
Já li o que outros 12 escreveram
E curtir o futuro agora, até que é legal
Luzes frias dão o charme
No azul da estrutura
Luzes quentes dão o charme
No meu sonho poético, engordurado, cheio de gente
Que a minha cama me insinua.

diego marcell

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.