31/08/2010

Circulo vicioso II

E quando as escadas ficaram pesadas para as pernas
O frio irresponsável ficaria de fora dos atos
Eu viajaria o mundo em boa companhia
Esquecendo a província que vai me conhecer tarde demais
Posso esquecer das companhias fraternas
Pois me acostumei dês de sempre assim
Só não esqueço outras duas
Pelo mesmo motivo
E quando as escadas ficaram secas
Bebi cafés com leite
Fiz musicas para todos
Fiz poemas sobre tudo
E quando comecei a me sentir derrotado
Venci outra vez
Por méritos de um time vencedor!

(26-04-06)
diego marcell - poética em estética modertrÔ

30/08/2010

Galeria de arte

Que saudade daqueles cartazes de cinema, cobrindo as paredes da galeria de arte,
Aquele cheiro de arte,
Vapor de café,
Vapor de liberdade,
Pensamentos se procurando,
Querendo saber a novidade do outro
As historias e os projetos
Aquelas moças descoladas
Aqueles rapazes elegantes
Aquelas bolsas perfumadas
Aqueles flash’s gozando
Um ar gelado na primavera gostosa
Lá fora,
Dentro sem vento,
Gelo,
Vapor,
Café,
Pensamentos
Que teatro você escreveu?
Aquele que eu atuei!
Que filme você atuou?
Aquele que eu assisti!
Onde você está tocando?
Ouça minha nova poesia!
Aquela que fala da tua vizinha,
Da tua amiga,
Da tua antiga
Já viu os quadros do...?
Sim. Amanha na outra galeria.
Já viu meu novo publico?
Sim. Naquela sua poesia.

(06-06-06)
diego marcell - poética em estética modertrÔ

Galeria de arte

Que saudade daqueles cartazes de cinema, cobrindo as paredes da galeria de arte,
Aquele cheiro de arte,
Vapor de café,
Vapor de liberdade,
Pensamentos se procurando,
Querendo saber a novidade do outro
As historias e os projetos
Aquelas moças descoladas
Aqueles rapazes elegantes
Aquelas bolsas perfumadas
Aqueles flash’s gozando
Um ar gelado na primavera gostosa
Lá fora,
Dentro sem vento,
Gelo,
Vapor,
Café,
Pensamentos
Que teatro você escreveu?
Aquele que eu atuei!
Que filme você atuou?
Aquele que eu assisti!
Onde você está tocando?
Ouça minha nova poesia!
Aquela que fala da tua vizinha,
Da tua amiga,
Da tua antiga
Já viu os quadros do...?
Sim. Amanha na outra galeria.
Já viu meu novo publico?
Sim. Naquela sua poesia.

(06-06-06)
diego marcell - poética em estética modertrÔ

27/08/2010

A doença, o amor e o soneto.

Amar é compartilhar doenças
Amar na pobreza e na riqueza
Como nós
Como nossas vidas, familiares nonsence
Rindo ridicularizados
Quebrando esquemas sociais
Podem levar as chaves
As portas
Eu sou livre sem dinheiro
Sou rico sem casa
Sou criativo travado
Careta remediado
Louco parado no meu imenso cerebelo
Coberto de cabelo
Estou faminto escrevendo
Vendo futebol
Divertindo-me sofrendo
Queimando água no Rio Negro
Estou injetando curas na doença cauterizada
Estou tremendo, tranqüilo e tenso
No mundo médio pequeno
No pensamento intenso, imenso
É muito bom amar
Ler é muito bom
É muito bom te amar
E amar mais.

diego marcell - poética em estética modertrô
(19-06-06)

26/08/2010

Sonho: poema para amigos

Quero beber as situações inóspitas
Como a flecha de um desejo
Que coroe como sonho na alma
Daquele que recorda seus prazeres do sentimento amigo
Numa historia imaginária e fictícia
Com sabor de estrada passada com transpiração
Onde caibam essas mesmas sensações na versão
Transpiração literal em álbum de recordação
Que só relata o que foi bom
Como os abraços de saudade
Como as historias de verdade
Como os beijos que voltam ou perpetuam numa lição
Nesse livro que os leitores são personagens
E personagens são os escritores
O tempo agradece sua própria conservação
Cada página cantará sua canção
Como num conto de pessoas encantadas
Como lembranças que caem brilhando do céu
Umedecendo nossos olhos
Sempre tão rudes a nós mesmos
Na esperança desse mundo ser tão pequeno
A ponto de qualquer personagem vir seca-los
Ou umedecer-se também
Já que o capitalismo não tem importância
Já que só a fragrância do passado pode nos puxar de onde
[estivermos
Obrigado pelos amigos de ontem
Obrigado pelos amigos de hoje
Obrigado pelos amigos que virão
Amém.

(não é para aqueles que acham, é para aqueles que não sabem).

diego marcell - poética em estética modertrÔ
(18-03-06)

20/08/2010

Das saladas

Queime o vento quando acordar
Morda os lábios ao me seduzir
Tranque os dias
Para fugirmos do país
Dentro de blocos sem notas
Dentro de musicas e homenagens
Podemos passar a tarde namorando
Sinta o calor do caribe
Nos dias longos do Brasil
Só precisamos de violões
Nem película se usa mais
Nem computadores de apartamentos eletrônicos
Mas se bater uma saudade
Fazemos uma salada com todos os direitos
Com todas as línguas
Todas as cores
Todas as modas
Cheias de rodas
Serão as esferas do verão
Uma síntese de calor humano e desumano
No mesmo resumo
Será o tempero
De horas ocupadas
Por palavras
E nós, simplesmente nós.


DIEGO MARCELL - poética em estética modertrô
(18-06-06)

19/08/2010

Esse inverno

A neblina se desenha
No final de uma luz
Os cheiros trafegam
Em metros quadrados de noite
O escuro descobre um rastro
Iluminado no céu em barras
Cortado por arvores secas de outono
Úmidas do gelo cortante do inverno
Meus dedos ardem
Circulando um sangue preguiçoso
Que esqueceu o ponto extremo
Um pólo magnético e distante.

(26-05-06)
diego marcell - poética em estética modertrô

18/08/2010

Pichações analógicas

No sub-mundo do meu quarto
Eu reparo
No amparo
Nas pichações analógicas
Nos adesivos de nicotina...
Nas janelas das grandes cidades
A usina não ensina
O trabalhador a viver
A beber sua cerveja
A morar no cubo isolado...
Referencia de assalariado...
Ou não
Isso é sobreviver, patrão!
Só isso de longe
De pronto
Forçado a compreender
Inalterado socialmente tem que aceitar
Desestimulado gradualmente, só pode aceitar
Desumanizado ficcionalmente
Ele pode se mutar
Só assim
Se auto-medicar
Para ter animo e perspectiva própria
De rebelar-se igual ao rico
Igual ao pobre
O oposto dos “ricos”
O oposto dos “pobres”
O nervo e não mais o servo
O novo
Não mais o predestinado a sofrer.


(27-06-06)
diego marcell - poética em estética modertrô

02/08/2010

A lei da gravura

Todas estão gordas no verão
Todas cheiram mal no verão
No cartaz elas são esbeltas
E fazem propaganda de perfume
Um poeta sem valor é um doce, cansado do aniversário
No cartaz não tem poesia
Elas são jovens na parede
Na guerra, na revolução
São velhas e feias aqui, no meio do povão
Mesmo com todo ventilador
Com toda base e batom
Chega de pagar conta
Vou fazer de conta
Que sou o selo da historia
O elo da manhã e da noite
Um poema não cheira mal
E não faz propaganda de perfume.

(14-09-06)
diego marcell - poética em estética modertrÔ

01/08/2010

Assino em baixo!

Nada parece bom
Minhas roupas, agora quero doar
E aquela imagem
Que me sugava
Sonhos que nunca decifrei
E aquelas cartas que me mandavam
Será que ainda dá para responder?
Será que o conteúdo importa?
Será que ainda há endereço?
Minha assinatura
Parece cópia fajuta
Da minha assinatura
Por isso pinta o polegar
E carimbe seu corpo
Provando meu digito
Em seus pontos de perigo
Suas teclas, seus atritos
Podem mandar o exercito
Nada pode deter um polegar negro
Pintado para a guerra!


(02-07-06)
diego marcell - poética em estética modertrô