15/11/2010

“Aglutinência” social

(24-07-07)
Você partiu pelas costas de um amor platônico
Negou um sorriso ao palhaço
Nas escadas bambas de um fim de festa
Confetado pela amizade virtual de uma geração
Tão sem graça, mas que agregou alguns até engraçados.
Nos momentos de escassez
As gírias tomavam de assalto o tempo
Para disfarçar uma ignorância temporal
Passam os ritmos
Mas amizades se criam
Nascem
O som reaparece
E enche a galeria de alegria
A tecnologia continua em vasta ordenança
Ditando releituras sugestivas
Para nos lembrar que o conhecimento é o melhor remédio para essa escassez de informação
Subdivisões
E ecleticismos rasos da cultura pop.
A cabeça viaja por entre os neurônios da fase escrita
Levando-me a um texto muito maior que este até aqui.
Mas as cores do “modertrô”
Ou os elásticos do meu pai
Ou a conversa na escadaria do cinema
Ou os berros do rock
Ou o molejo do samba
Ou o brilho do olhar
Tudo isso, só aqui
No livro mais encoberto que a mídia não pode produzir
(ou não quis)
Só aqui ou ali ou depois ou sei lá
Numa seqüência beatfônica
Acelerada
Reluzente
Adolescente
Na experiência se completa
Bela como uma onda de revelações
Um lençol selecionado
Uma cura
Sobre o mal das pequenas ilusões
Que se aglomeram para formar
Um esquecimento
De um amor primário
Porém, fundamental.

diego marcell

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