15/08/2011

From

É uma gíria, prepositiva, abundante!

Diego Marcell 05-03-2007

10/08/2011

Uma letrinha

Nenêzinho sonolento
Com frôzinha na cabeça
Me beija
Me beija
Me beija

Diego Marcell 18-02-07

16/07/2011

Onirismo 1

Estou na curva de um risco profundo, que desalinha meus olhos, que desnorteia minha sede. Esqueci meus pigmentos e minha razão irracional no ultimo polegar apontando uma festa após a estrada. No ar condensado desses espaços, descuidadosamente agraciados por bambus e uma luz que 24 horas está perfeita entrando pelas frestas, aqui é preto, branco e azul, coloridas são as pessoas que raramente atravessam, passos áridos picoteiam o som, estilhaços da rua formam a usina da vida contemporânea.

Respira apenas a importância de outra pessoa na minha vida, ainda aprendendo a cuidar dela sem me esquecer, abrigando meu cheiro no dela sem voar ainda, é hora de mergulhar sem parar, até se afogar num salário mísero, eu esqueci meus conceitos, claro que não, se não eu não estaria escrevendo, pois ela febriliza minha concepção sem parar, minha concepção de vida.

Vou rodando, odeio puxar os cabelos, sentir fome e não ter arte pra ver e outras pra fazer.

Vou rodando de ar em ar sem me vender ou render ou sobreviver não sei qual a parábola mais exata nessa estória que eu invento; nos lapsos que esqueço da verdade choro na depressão da pressão.

As fotos envelheceram, os vídeos saíram de moda, o texto ficou sem assunto, a música ficou sem melodia e tudo ficou sem sentido. Sei do que eu preciso!

Diego Marcell 01-02-2007

15/07/2011

Retenção no corpo

Por favor, não me tranque aqui
Nos suspiros da noite
Tentando achar saídas dementes
Para produtos sem validade.
Por favor, não me diga o que fazer
O que pensar
O que dizer
Não me tire a inocência
Não me tire a experiência
Não controle as minhas qualidades
Me curta
Se divirta
Feche os olhos e balance
Se jogue na avalanche
Me faça dormir em noites assim.

Não gosto de perguntas para preencher tempo
Não gosto de conversas preliminares de principais
Não gosto do personagem formal das entrevistas
Os ternos e sapatos de ocasiões estranhas,
Não gosto de papear intimidades com desconhecidos
Não gosto de mentiras para conseguir o que se quer
Satisfazer para se satisfazer
Se eu dou, não peço
Se me pede, não dou
Gosto do espontâneo
Do sentimento humanizado
Reflexo de alma e coração
Sentimento que causa uma verdade tão absoluta
Que não lhe retém mal algum.

Diego Marcell 27-02-2007

13/07/2011

Vandalismo para o bem

Até nas minhas poesias manuscritas
As formigas querem entrar
Tantos bichos nos subúrbios
Que eu quero ver o mar entrando
Por debaixo da porta
Ele vai subir as paredes como uma trepadeira
E vai devorar as aranhas-marrom
Ele vai dar luz à noite
E será uma madrugada iluminada
Uma madrugada azul
Com espumas brancas rondando praças e presídios
Ondas havaianas abençoando hospícios
E estrelas pontiagudas metralhando
Escolas
Prefeituras
E outras repartições
Públicas
Como um grupo de vândalos organizados
Pelo bem da humanidade
Remédio de sal para a cidade
Para as ruas
Ondas de paz
E liberdade
Espumas de alegria
E estrelas de justiça.

Diego Marcell 27-01-2007

06/07/2011

Vontade complexa

Muita idéia pra pouca conexão
Aqui as pessoas não têm costume de acreditar
Só sabem admirar
Talvez criticar
Apoiar só com palavras,
Mas elas não acreditam em uma idéia
Talvez por serem muito mentirosas
Ou por não terem idéias
Suas criatividades se enclausuraram na infância
E agora suas mentes são pedras
Não germinam
Sofreram essa poda excessiva
Na escola
Em casa
Na rua
Não lêem
Não assistem bons filmes
Não ouvem boas músicas
Não tem acesso a boa música e por isso não vão atrás.
Eu queria as pessoas daquela velha comunidade hippie
Aquelas dos grandes grupos teatrais
Do circo
A turma do cinema de Kombi
Eu queria que o Complexo Arte Livre
Fosse um grande mutirão
Vários artistas se unindo para realizar
O trabalho ou a idéia do outro
Sem obrigação
Apenas havendo a concordância
Pelo trabalho que você se identifica
E acha que lhe cabe ajudar
Como REDES
Ela se forma e se desfaz,
Muda a cada trabalho.
Agora o Complexo parece já ter tomado forma,
Mas isso não impede de surgir outro.
Essa é a minha vontade.

Diego Marcell 24-01-2007

30/06/2011

Restos

Vou cagar com a porta aberta
Pra todo mundo ver que eu não tô de brincadeira.
Almofadas de papel higiênico
Que voltaram da tropicália
Que exclamam na cara
Sou ministro!
Ou
Sou jovem!
Ou então,
Sou!
Você não representa nada
Tropicalismo nenhum
MPB nenhuma
Juventude ou modernismo.
Você é um resíduo do passado
Que não serve mais nem de ornamento
Para o meio banheiro
Enfeitado de crostas empoeiradas de mofo
E fungos.

Diego Marcell 22-01-2007

29/06/2011

Performático e musical

Das botas escorrem a noite
Mesmo que um grande desfile contorne nossa boca
As fotos são marcas
Outdoores
Vídeos são alternativas
Provas
E mistérios
As plasticidades das esculturas
Nos cantos das salas
Suas formas
De ruas performáticas
Seus desenhos no cubo
Tudo isso é filmado,
Mas nas poesias que lambuzam os mangues
Que injetam nos campos
Que correm como créditos revelando palavras
Pelos pisos, paredes e tetos
Dessa compacta
Bomba cúbica, de objetos performáticos
E musical
Temática.

Diego Marcell 18-01-2007

28/06/2011

Matagal, espiral e tal

Rastro parido
Nos pós da mata fechada
Desses apartamentos enclausurados
Espelhos da ruína filha
Dos pentes ego cítrico
Pendente mar perfumado
Que aterra gargantas que gostam de expelir dejetos orgânicos
Dinheiro de papel
Resto de pesadelo.
Cidade suja
Me prende
Eu estou no sono engarrafado
Dessa avenida sem samba
Desse sinal sem trânsito
Dessa calçada pivete que é coração
Estou na chuva salgada
Dos beijos
Lágrimas
Gritos que sujam os pisos de rouquidão
Beijar seus pés é silêncio
Beijar sua nuca é buzina
Beijar seus seios é Rockabilly
Beijar suas coxas e virilhas é correr na noite
Beijar sua barriga é confete
E eu no sono
Sonho no carro
Corro engarrafado
Do líquido virgem
Que é dia inocente brotando no vidro
Tímido
De um bocal, boçal
De batom vermelho
Eu sento no banco
Do Brasil, da praça
E vejo as velhas no seu quadril
Exposto
De esgotos pelados
Esbanjando declarações mal reproduzidas
De suburbanos artistas de novelas
De gazes secos
Da cidade frígida
Que rodeia a minha
Tão pura e tão suja
Que aquece o cilindro do mar
Tão rente quanto gaivotas na caçada.

Diego Marcell 17-01-2007

20/06/2011

Fios de desordem

Você largou
O tempo
O dia
Quando chego ao cristal da manhã
Ainda triste
Busco você no mar raso da madrugada
Nas poesias políticas do meu discurso,
Mas os fios e as redes estão apenas nesta cidade
Você conta coisas aos parentes no interior
Eu sigo só
Na fome das interpretações
Dos cheiros do sexo
Eu sigo fraco
Re-sujando louças de ontem
Re-amontoando sonos de ontem e antes de ontem
Sigo respirando o teatro da minha insônia
Representando nos silêncios do vazio
Esquecendo corredores amarelos que amanhecem
No febril canto dos galos
Dessa nublada folha de zinco
Que chapa a minha janela
Aquela mesma, que canelada
Me legitimava no eco dos tempos de faculdade
Nos tempos de escola real
Que já estou quase no primário
Da minha rouquidão estéreo-psíquica
II
Jogo as luzes para 1990
1991
1988
1995
1985
E aí segue
Jogando luzes de janelas curitibanas
Janelas praianas
Hoje aqui, nesse filme tempestuosamente outonal de verão
Ele cospe nos arranha-céus da mentira
Das piscinas frias do olhar
Motivações são quedas livres para o delírio do trabalho
Da escravidão
Empurrões são cortes de azas perfeitas
Atrofiar seu ser com relativos atalhos
Com supostos manifestos para respectivos patamares
Porém, estes não existem
Ficaram no passado, ou então em palácios de monarquia
Ou política brasileira
Mas no resto...
Ela foi extinta do dicionário de fuga, de ordem
De funcionamento
Só há
Faça como acha
Como sabe
Como aprendeu do aprendizado pós-capacitacional
Faça antes de esquecer
E depois de ter certeza
Mesmo que a incerteza seja certa suficiente para se entregar a ela
E as mudanças de rota
Pois a descoberta te leva
À mudança.

Diego Marcell 17-01-2007

07/06/2011

O que é Modertrô?

Modertrô: Na linguagem é estética, no conteúdo é pensamento pós-moderno partido da não revelação desta transição de era, mas expressão particular a partir da reflexão, impulsionado pelo contemporâneo que se torna o instrumento de materialização de tempo e espaço com memórias infantis em fundamento num campo da pós-modernidade, resultando no artista o conceito de Modertrô. Ou seja, elemento do indivíduo criador de pensamento pós-moderno na literatura, filosofia e arte.

A inspiração do tema torna-se também revelação ao autor, que encontra nos anos 80 o protótipo, mesmo que arcaico, mas absoluto desta nova era. Anos depois com conhecimento mais concreto sobre o tema o autor descobre que a sua intuição estava certa ao projetar isto, mesmo que com nome próprio: Modertrô.

Diego Marcell

25/05/2011

A cuíca é alvorada

A cuíca é um galo que entrou no samba que atravessou a madrugada.

Diego Marcell 09-01-07

17/05/2011

Corredor da mente

Eu sempre volto
A esses corredores
Que correm filmes antigos
Que faz eco a arte
A o mistério
Volta ao outono de janeiro
E quando nubla o céu
Mesmo que eu exale o mar
Corro livre nos corredores
Que sujo com as areias que caem das minhas calças
E canto para me ouvir
Pintando praias e gaivotas nesses palanques no meio do salão
Eu sinto o cheiro das grandes cidades
Das grandes liberdades
Das grandes artes escondidas,
Inéditas
Eu sinto o cheiro do mar
Do mito que se acaba nos meus pés
Eu volto ao jardim na certeza que devo sorrir
Com a melancolia da alegria
Eu faço a panorâmica que não alcança o fim
Nos planos seqüências
Eu limpo o sonho
E me deixo levar
Por ondas de certezas e incertezas
Que é ótimo estar.

Diego Marcell 08-01-07

14/05/2011

Fotos de dezembro e janeiro

Uma pincelada rasante de luz
No fundo dos cata-ventos sem ventos
De um centésimo de segundo imortalizado
A espera de ilhas estreladas
Que se pariu na noite logo mais
Trazendo um rio salgado
Quase lodo
E a sua degradada embarcação
Bote que mostre trevas brilhantes
De reflexos estrelares
Em galhos e jacarés posicionados
A guisa fogo de um ataque
Um desastre ecológico
Qualquer
Em seios de pó
Seco e úmido
Para abracar seus peixes
Ou umedecer suas saias longas
De algodão
Tingido
Pelo brilho hermético dos olhos
Atemporais.

Diego Marcell 05-01-06

13/05/2011

O suor que derreteu o soneto

I
Na quebra da cozinha fria
Reparte barras amargas e secas
Das luzes de um soneto que perdi
Tentando inviabilizar
Tropeço em meus versos
Que derretem com minha memória
Nesse suor que evapora idéias fixas,
Agora manchas no azulejo.

II
Quem ronca,
Quem ergue o dedo
Como se naquele momento fosse o sábio
O sonho
O perdão
E até a paz, mesmo que lá dentro houvesse o pesadelo
Mas esse... já não há
Pois derrete, exala moscas azuis e verdes
Nas florestas do Balneário
Dos esgotos que me banhavam pelos idos de 1992
Agora sigo apanhando de pernilongos mais calmos
E ventiladores estragados
Sigo na pele cremosa da namorada
Que repelindo o sol, automaticamente repele meus dentes
E minha língua
Essa que a pouco se enchia
De água para escrever
Mas evaporou no suor das lâminas
E agora se enche de água
Para lamber
Outras lâminas salgadas
Mares entre florestas que agora
Me guardam
Quase 15 anos depois

III
Agora é a vez do céu suar
Trazendo água para chuveiros
Para nucas suadas e sedentas
Vidraças suadas e sujas
Sarjetas úmidas e defecadas
Sarjetas que urinam nas calças
No meio-fio das calças
Arranha-céus travados, cagados
Que vomitam no mar
Que em 1992 me banhava
E hoje cobre os argentinos de
Vómito, urina e merda
Merda das nações
Caviar que virou merda
Que alimenta peixinhos
Que derrete as areias soltas
E formam uma lâmina de sujeira
Nessa areia
Agora esses arranha-céus paralíticos
Particulares
Milionários
Chiques
Famosos
Cagam nos argentinos
Nos franceses
Nos chilenos
Nos paraguaios
Nos camboriensses
Nos mafrenses, não!
Nos mafrenses, também!

Diego Marcell 05-01-07

03/05/2011

Código Particular

O "eu" é meu mistério que desorganizo e manipulo para exteriorizar a ciência que desconheço.

Diego Marcell 23-02-10

30/04/2011

Diálogo do roteiro

"Ser diretor é saber quase tudo e não usar!" (Antonio Abujanra)

MULHER - Quer ir comigo pra Argentina? Tudo pago!
HOMEM - O pior disso tudo é que eu tenho pavor da velhice!

02/04/2011

Mensagem Recebida V

A chuva abracou-
me e entreguei-
me.A luz
apagada e o
cobertor sobre o
corpo, ouvindo
cure e o meu
silencio.Estar
agora comigo
mesmo ñ tem
preco.Vi maldade
nas peSsoas
seria o bastante
para entender
que a limitação
tem seu
peso,passou, o
crescimento è
individual, vivo o
melhor de
mim.Cuide-se.

Remetente:
Sandro

Enviada:
30/03/2011
18:17:43

25/03/2011

Madrugada

O gato picou ele
E deu trombose.
Quando eu passo Band Aid
E perco seis pelos.
Porra, como o que acontece?
A pulga fez um rombo
Na meia-calça.
Nunca te condenei
Dizia ele.
Ai, ai, ai
Não tem.
A cama elástica é minha.
Quando pular da janela
Grite Geronimo!
O cara é chegado (Alê)
O paulista gay era curitibano gay.
Homem que bate é taxista.
A calcinha da Tati saiu até na matéria do jornal.
Pra ser abduzido precisa ir as 5 da tarde.
Localizando pilhas.
É o Ciclope.

Graça, Homer, Diego, Geronimo, Alê, Raquel, Tati, Thiego, Tiago, Ana.

Curitiba 25-03-11

18/03/2011

Mensagem Recebida IV

Saudações!!!Melh
orou do
resfriado?e vão
degustar alguma
coisa
hoje?Tenho uma
garrafa do rio
grande que serà
logo aberta riso,
qualquer coisa
avise-me.Estou
com aS mãos
sujas de tinta
ouvindo sonic
youth, um vento
fino entre a
janela aberta,
desprende
palavras pela
rachadura do ar,
se cuide!

Remetente:
(sandro)

Enviada:
12/03/2011
21:09:24

08/03/2011

Mensagem Recebida III

Voltar para a
cidade è ficar
desiludido, o mar
està desfeito, a
realidade è
outra, e
fria.Como foram
de
formatura?Apro
veitaram atè o
ultimo gole de
vinho, eSpero
terem guardado
um pouco pra
mim, risos?e o
jeronimo saiu
com
namoradinha?Ris
os.Pois adorei
ter caminhado
pela areia macia
de conchas,
sentir a espuma
do mar tocar em
meus pès, cada
vez mais sinto
que a miNha
vida seria estar
perto da
oceania...

Remetente:
Sandro Zine

Enviada:
7/03/2011
16:10:49

07/03/2011

Mensagem Recebida II

Meu caro amigo,
encontro-me na
oceania, o ceu
desbotado de
cinza e o ar
incolor tem
sabor de
baunilha, a linha
do horizonte è
vastidão de
cores de
mar...Não vão
degustar
demais, mais
brindem uma por
mim,
aproveitem,
volto segunda,
ainda nos
comunicamos
antes de
viajarem.O que è
vida depois de
uma taça De
vinho-o que è a
vida? num
segundo tudo se
acaba, vira
poeira
cosmica.Se
cuidem, abraços
a todos.

Remetente:
Sandro Zine

Enviada:
5/03/2011
17:44:11

20/02/2011

Mensagem Recebida

oie kara
sucegado? aki
num encontro os
bananas d
pijamas q paia e
nem sorvete d
polenta e nem a
pedra q da poder
hauheuhua

remetente:
Israel Cel

Enviada:
27/12/2006
17:36:30