11/11/2010

Contando o movimento

(16-05-07)
Eu mexo nas gavetas
E não vejo nas entrelinhas
Da sua ironia
Com a minha poesia
Um dia frio por aqui
Quando todos fazem do rio
Um mar
Quando todos fazem do morro
Uma areia
Vasta imensidão
A BR que nos leva
As linhas das canções
Na noite
Até quando amanhecer
Permanecer na estrada
Pegar trem e avião
Carona nas azas
De um pássaro robusto
Carona no papo
De um casal
Cuca legal.
No quarto, sono
Pronto para acordar
Só perto do mar
É coisa de brisa, sei lá
A ilha nos leva fácil
Mas daqui...
Eu sinto igual
A poeira fica, acomodada
O vídeo corre avenidas
E pontes aéreas.
A musica no bico do passarinho
Rega uma flor na janela
E mesmo eu aqui
Com minha bela namorada
Uma porção de historias
E idéias
E uma certeza;
Isso faz da ilha apenas adereço
Sublime adereço
Que pelos correios se alimenta
Também pela publicidade barata
Tudo na calmaria da madrugada
Faz lembrar aquele mar reduzido pela luz da lua
Emoldurado pelas luzes de
Navios
Portos
Prédios
Cidades
E vilas
De pescadores
Velhos
E enrugados
Que não passam de detalhes da alvenaria
De uma poesia visual.

diego marcell

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