16/07/2011

Onirismo 1

Estou na curva de um risco profundo, que desalinha meus olhos, que desnorteia minha sede. Esqueci meus pigmentos e minha razão irracional no ultimo polegar apontando uma festa após a estrada. No ar condensado desses espaços, descuidadosamente agraciados por bambus e uma luz que 24 horas está perfeita entrando pelas frestas, aqui é preto, branco e azul, coloridas são as pessoas que raramente atravessam, passos áridos picoteiam o som, estilhaços da rua formam a usina da vida contemporânea.

Respira apenas a importância de outra pessoa na minha vida, ainda aprendendo a cuidar dela sem me esquecer, abrigando meu cheiro no dela sem voar ainda, é hora de mergulhar sem parar, até se afogar num salário mísero, eu esqueci meus conceitos, claro que não, se não eu não estaria escrevendo, pois ela febriliza minha concepção sem parar, minha concepção de vida.

Vou rodando, odeio puxar os cabelos, sentir fome e não ter arte pra ver e outras pra fazer.

Vou rodando de ar em ar sem me vender ou render ou sobreviver não sei qual a parábola mais exata nessa estória que eu invento; nos lapsos que esqueço da verdade choro na depressão da pressão.

As fotos envelheceram, os vídeos saíram de moda, o texto ficou sem assunto, a música ficou sem melodia e tudo ficou sem sentido. Sei do que eu preciso!

Diego Marcell 01-02-2007

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