18/08/2010

Pichações analógicas

No sub-mundo do meu quarto
Eu reparo
No amparo
Nas pichações analógicas
Nos adesivos de nicotina...
Nas janelas das grandes cidades
A usina não ensina
O trabalhador a viver
A beber sua cerveja
A morar no cubo isolado...
Referencia de assalariado...
Ou não
Isso é sobreviver, patrão!
Só isso de longe
De pronto
Forçado a compreender
Inalterado socialmente tem que aceitar
Desestimulado gradualmente, só pode aceitar
Desumanizado ficcionalmente
Ele pode se mutar
Só assim
Se auto-medicar
Para ter animo e perspectiva própria
De rebelar-se igual ao rico
Igual ao pobre
O oposto dos “ricos”
O oposto dos “pobres”
O nervo e não mais o servo
O novo
Não mais o predestinado a sofrer.


(27-06-06)
diego marcell - poética em estética modertrô

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