16/10/2010

Poesia new wave

(22-10-07)
Ocupando o salão
Encostando nos seus palanques de sustentação
Um pouco do impossível
Toda velharia das galerias
Todo produto que conservou
O antigravitacional
Não resiste ás traças
E aos invisíveis.
Um por do sol rebatido
É sem graça
Entra aguado pela porta
Arrasta-se cansado pelo chão
Escamoteando a beleza natural da avenida.
Quero encher de luzes brancas
As prateleiras
De revistas de uma cor natural
Empilha-las
Livros disformes, como o delírio de uma metrópole em sombras
O luar é branco, como as espadas de luz
Pichações, batidas, jeans velho
Móveis de época
E modernos computadores
Tudo onde grita a plasticidade do sonho
A mente batendo na roupa
Não raro por aí, mas parece que sim, por aqui.
Desfile e tropece por montanhas literárias
Embarque nesse mar
Com navios musicais
A sonoridade da palavra
Teatro
Aprende-se no ar.
Conchas do mar e eu quero a pele que o vento gosta
Negros bolachões para cultivar a bulimia
E os raios elétricos fazem dançar
Sem auxilio de drogas,
Movidos à água.
Remexidos no tempo.
Luz pra quem conhece, gelatina
Já não precisa, reflete nas
Jaquetas coloridas de couro e
Nas de vinil. A memória cobre
As paredes e ninguém fica sem assunto.
Troque tiros de festim, o campo está montado,
Mas não fira o outro com palavras erradas,
Entenda os motivos.
Caixas para todos os gostos
Todas as cores
Todas as modas
Certas e erradas
Mas a tendência é a busca e a certeza da certeza
A diferença de estilos e um pensamento que une
Venceu a incógnita do deserto no salão?
Talvez sim, talvez não, mas o progresso invade o sonho também.

diego marcell

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