08/10/2010

Na noite do centro da cidade

(30-07-07)
Eles querem fumar um cigarro
Varrer uma calçada
Que eles ajudaram a encher
De pombos
Eles querem dormir no frio
Como quem se cobre com estrelas
Mas de nada eles se vestem
Já que buscam o infinito
Que de tão infinito
Torna-se escuro
E não os cobre.
Suas costas, asmam
Seus brônquios, choramingam
Suas tetas, mamam
E seus medos, se floreiam na parede
Do muro social.
Seus relógios, rolexeiam pelas enxurradas
De uma boca-de-lobo.
Na cultura de um personagem sem passado
Seu passado é como seu cobertor de infinidade
Rolando, rolando
Sem saber mais, o que é verdade.

diego marcell

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