31/05/2010

Sede

Na sede de uma loucura
Lamber a sonora leitura
Jogo-me no chão
Contorço-me e me rasgo
Penso no amor
Como amar é bom
Viajo nas paredes do meu mar
Afogo-me em imagem que copio das décadas
Mancho a estrutura e a carne
Espelho o esquecido
Amanheço o contraste
Sou sonho perdido no mato
Revolução perdida no texto
Explico o pretexto do gesto
E simplifico o magnânimo popular
E magnífico o pensamento absurdo
De plantas negras
De óleos figurados
Ostento a prenuncia da satisfação
Glorifico a satisfação própria do seu,
Do nosso,
De qualquer um,
De ninguém
Na sede de uma loucura
Eu presumo o resumo do fragmento
Eu queimo a suposta máxima, mínima
Eu faço um “autidor” do miúdo Maximo, Maximo
Rabiscando uma turma
Re-movimentando um movimento
Desprendo os olhos da terra
Para circular amplitudes extremas
Para lamber as estrelas
E formar o amor.

(24-08-06)
diego marcell - poética em estética modertrÔ

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