24/05/2010

Trem sem estação

O trem passou pelas cobertas de lama
E a grama na boca
Espalha-se no vento
No impulso febril
De carne vermelha
De músculo na panela de pressão
África jovem
Passa o trem e te visito
A cada apito em cidade feia
A cada avião um oceano nevoeiro
Cada sentimento minha lágrima chora sozinha
No canto do teu gesto
Maltrata-me
Você não se entende
E me contraria tentando acertar
Piora ao achar soluções
É veneno, não esterco
O trem ainda passa

(10-11-06)
diego marcell - poética em estética modertrô

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