01/06/2010

Labirinto

No labirinto que viajo
Segue a moda em mim
Rebate na parede sem reboco
O cinema de cada louco
As vozes de cada copo
Rebate no líquido eco de cada louco rouco
Cada violino brota um destino
Algumas caixinhas lançam um improviso
Aqui é samba, punk samba
Cada ouvido responde desatento, cada conversa paralela
Mas a boca apenas ameaça reagir
A não ser àquele velho samba
Que algum boêmio largou
A gordura, charme esplendido do boêmio,
Revigora-se a cada porção
E o labirinto se abre e se fecha
Como a sanfona do gaúcho
Levando um Carlos Gardel e depois um Teixeirinha
Levando um Adoniram e depois um Sex Pistols
Levando um beijo depois outro
Depois um aplauso depois um tapa
E antes de ir, dormir
Caminhar pela beira-mar
Atrás de uma concha ou um siri colorido.

(08-08-06)
diego marcell - poética em estética modertrô

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.