22/09/2010

Do barro ao ouro

(28-08-07)

Beleza única no Jardim do Moinho
Estranha no ninho
De Maravilha ou de Veneza?
Na moda de Milão
Nas cores do namorado
Aprende a ser brega
Aprende a ser atriz
Estrela única no Jardim
Ainda não colheu todas as azaléias
As Hortênsias
Só as orquídeas
Que eu nem sei quem são
Mas das sandálias azaléias
Ou das cafonas rosas
Só conheço as hortênsias da serra Dona Francisca
Ou da casa da minha vó
Criança única da minha beira-mar
Colher o leite do seu corpo
É melindrar o mistério de um filme corroído por traças na [cinemateca
Dentre o borrão da tinta emergida do universo
Você coordena uma orquestra atrapalhada de lições
Despreocupa-se com a minha rouquidão mitológica
E me dá azas para sumir da frente das câmeras
Canto sísmico ensinado a gerações
Chegou a nossa vez
Acabar com os acessos repetitivos dos departamentos sociais
De literaturas escaladas
De musicas supostas
De frenesis orientados
Acabamos com o limite
Gasolina, sola, mola
E na fé ao combustível inimaginável
Aos jardins mais que floridos
Cercados de ruas de ouro.

diego marcell

Um comentário:

  1. é indescritivel ver sensações escritas em palavras, pelo menos quando vc sabe (+-) sobre o que é... são formas concretas de lapidar o abstrado, de tornar visivel aquilo que nunca o será.

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